O WHOIS é uma ferramenta crucial que você deve usar se estiver pensando em criar um blog ou site. Os engenheiros da internet projetaram esse protocolo para identificar os endereços de recursos da web.

Portanto, o WHOIS permite que encontremos ou expormos as informações sobre o proprietário do endereço de internet, registradas em um banco de dados. Contudo, essas informações se limitam ao proprietário do domínio de segundo nível.

O sistema não mostra os domínios de primeiro nível “.com”, “.gov” e “.net” e os domínios de terceiro nível como “/blog”. Esses são domínios globais e subdomínios.

Aproveite o post para obter informações adicionais sobre o tópico WHOIS. Aqui você encontrará os seguintes assuntos:

• Que tipo de informação eu encontro no WHOIS?
• Como e onde pesquisar WHOIS?
• Por que o WHOIS brasileiro é diferente do internacional?
• Se o WHOIS é tão antigo, não está na hora de aposentá-lo?

Boa leitura!

Que tipo de informação eu encontro no WHOIS?

Antes de falar sobre como fazer uma pesquisa WHOIS, você deve saber quais informações encontrar e quais tipos de endereços procurar. Os resultados são:

• data de criação do domínio;
• data em que expira o registro;
• informações de contato — administrativo, técnico e de cobrança;
• status da transferência de domínio;
• quais nomes de site estão disponíveis;
• a quem contatar em caso de abuso.

No entanto, os dados mostrados no resultado ainda estão sujeitos a restrições. Por exemplo, você pode contratar o serviço de privacidade do domínio, que protege dados confidenciais, como o endereço residencial do registrador. Além disso, outras empresas fornecem algumas informações, como pagamentos de domínio.

Normalmente, o prazo anual para o registro do domínio expira e os dados permanecem acessíveis até que o registrador escolha ocultar esses dados usando o Domain Privacy.

Como e onde pesquisar WHOIS?

Como mencionado anteriormente, a comunidade desenvolvedora criou a pesquisa WHOIS como um protocolo comum da web para esse propósito específico. Portanto, existem várias ferramentas na internet que podem realizar essa pesquisa. No entanto, ainda existem alguns dos sites mais populares, como:

• Registro.br — para domínios registrados no Brasil, com denominação “.br” no final;
• InterNIC — para domínios “.com” e “.net” registrados internacionalmente.

É possível realizar pesquisas na ferramenta brasileira:

• domínios — basta digitar o nome completo do domínio “.com.br” ou “.br” e executar, respeitando as regras sintáticas para domínios; 
• usuários (IDs) — só digitar o código do usuário (ID), sendo eles compostos por três ou cinco letras, seguidas ou não de algarismos;
• titulares (entidades) — coloque o CPF ou CNPJ do titular, os quais devem ser digitados nos formatos padrão, com pontos, traço e barra;
• IP ou bloco CIDR — pesquise por um número IP (exemplo: 200.200.200.200) ou um bloco CIDR (exemplo: 200.200/16).

Além disso, o WHOIS é amplamente utilizado por aqueles que tentam construir, por exemplo, uma landing page ou uma fanpage. Isso se deve à quantidade de nomes semelhantes registrados com os nomes pretendidos.

Já na ferramenta internacional, busca-se por:

• domínios;
• registros;
• nomes de servidores.

O WHOIS do domínio “.com” fornece os seguintes dados de busca:

• data de criação do domínio;
• data em que expira o registro;
• informações de contato de abuso;
• status da transferência de domínio.

Por que o WHOIS brasileiro é diferente do internacional?

A ICANN — Internet Corporation for Assigned Names and Numbers, ou Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números, é responsável pelo protocolo WHOIS. Isso garante que o protocolo permaneça limpo e funcional para seu objetivo: registrar dados de todos os donos de domínios em todo o mundo.

O motivo é a segurança dos usuários, evitando problemas como fraude e prostituição infantil, como mencionamos na introdução.

Além disso, a proteção da web permite que as autoridades localizem e prendam aqueles que cometem infrações legais, como crimes cibernéticos.

Portanto, o WHOIS é idêntico em todo o mundo, pois é o mesmo protocolo que registra informações semelhantes em todos os tipos de domínios criados e mantidos na Internet.

A principal diferença está na forma como as leis locais de proteção de dados sensíveis, como a Lei Geral de Proteção de Dados da Europa (GDPR). Em 2019, ainda não houve uma lei semelhante em vigor no Brasil, mas a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) deve entrar em vigor em 2020, alterando o WHOIS em nosso país também.

Se o WHOIS é tão antigo, não está na hora de aposentá-lo?

Não, considerando isso. Uma tecnologia não fica obsoleta devido à sua idade; em vez disso, ela fica obsoleta quando suas funções são substituídas por uma inovação mais abrangente, adequada e segura.

Quando o Protocolo de Acesso a Dados de Registro, também conhecido como RPAD, substituir nosso querido protocolo WHOIS, isso acontecerá.

Trata-se de uma ferramenta mais atual que pode ser facilmente internacionalizada, conectando bancos de dados em todo o mundo. Além disso, em contraste com o WHOIS, que é totalmente aberto ao público, haverá uma distinção entre as informações que podem e as que não podem ser divulgadas.

Há ainda a questão da facilidade de compreensão dos dados apresentados. Atualmente, as informações do WHOIS são apresentadas apenas em texto, sem hiperlinks, o que dificulta a transformação em dados rastreáveis.

Além disso, o protocolo WHOIS permite o registro de vários domínios em vários países e bancos de dados, mas dificulta a organização de dados e a identificação do proprietário de vários domínios, como o Google.com.br e o Google.com.

E o RPAD garante que essas informações sejam únicas, listando todos os domínios da mesma empresa, suas filiais e grupos.

Em resumo, o WHOIS é uma ferramenta indispensável para quem busca informações sobre domínios na internet. Apesar de suas limitações, como a falta de padronização global e a exposição de dados sensíveis, o WHOIS continua sendo uma referência na área. Com a evolução da tecnologia e o surgimento de novas regulamentações, é esperado que o WHOIS se adapte e ofereça um serviço ainda mais completo e seguro aos usuários. E você, o que acha do futuro do WHOIS?